Joel Sternfeld é um
fotógrafo artístico conhecido por suas fotos de grande formato documentário dos
Estados Unidos e por ter ajudado a estabelecer a fotografia em cor como um meio
artístico respeitado. Ele tem muitas obras nas coleções permanentes do MOMA em
Nova York eo Getty Center, em Los Angeles. Ele influenciou toda uma geração de
fotógrafos de cores, incluindo Andreas Gursky, que tomam emprestado muitas
técnicas e abordagens de Sternfeld.
Na tentativa por um
entendimento no que diz respeito a poética do artista Sternfeld, se percebe
algumas características, temas e abordagens que definem de algum modo a
produção deste fotógrafo, sua intenção e seu modo singular que contribui para o
campo da fotografia artística, para as artes visuais, como também para os
demais fotógrafos e artistas que utilizam as obras de Joel Sternfeld como
referência para produção na contemporaneidade. As fotografias de Sternfeld
apresentam partes importantes de sua busca no registro da paisagem da
socialização humana, interação e imaginação.
Em muitas das
representações de paisagens e lugares que podem ser comumente registrados,
Sternfeld sinaliza uma postura conceitual longe de uma simples representação da
natureza. Seu campo não é nem bonito, nem sublime, nem pitoresco. E o aspecto plano
oferecido em muitas das suas composições reverberam um vazio eloquente, bem
como uma embarcação para um tema recorrente em seus trabalhos - os efeitos do
consumo humano sobre o mundo natural. Sendo um dos principais expoentes da
fotografia a cores, Sternfeld começou a inserir neste modo “novo” na década de
70, a aplicação de inovação tecnológica de inovação poética e estilo. O
norte-americano atenta para ideia de que a paisagem, a cor, o retrato não
poderiam mais ser uma realidade objetiva como nas fotografias de anos
anteriores, desse modo ele aproveita a nova possibilidade para jogar, editar e
enfatizar o elemento humano.
No seu ato de
fotografar insere-se o caráter de imagens comuns, como se tivessem sido tiradas
por um turista de passagem, após uma análise mais cuidadosa é que se pode
talvez entender o processo e intenção do fotógrafo, que estão pautados na
vontade de refletir sobre sua própria banalidade da vida cotidiana e sobre a
mudança de perspectiva em uma sociedade onde os indivíduos são cada vez mais
banais, incoerentes, inconsistentes, mas, aparentemente, isso nem sempre é
óbvio para alguma anormalidade subjacente, uma nota discordante. Um fator
constante em sua obra é a sua terra natal América, os seus habitantes e os
rastros deixados por pessoas na paisagem. Com um sentimento sutil de ironia e
uma sensação excepcional de cor, Sternfeld nos oferece uma imagem da vida
cotidiana na América ao longo das últimas três décadas.