quinta-feira, 20 de março de 2014

Obra no cabide: Fotografias de Joel Sternfeld



Joel Sternfeld é um fotógrafo artístico conhecido por suas fotos de grande formato documentário dos Estados Unidos e por ter ajudado a estabelecer a fotografia em cor como um meio artístico respeitado. Ele tem muitas obras nas coleções permanentes do MOMA em Nova York eo Getty Center, em Los Angeles. Ele influenciou toda uma geração de fotógrafos de cores, incluindo Andreas Gursky, que tomam emprestado muitas técnicas e abordagens de Sternfeld.
Na tentativa por um entendimento no que diz respeito a poética do artista Sternfeld, se percebe algumas características, temas e abordagens que definem de algum modo a produção deste fotógrafo, sua intenção e seu modo singular que contribui para o campo da fotografia artística, para as artes visuais, como também para os demais fotógrafos e artistas que utilizam as obras de Joel Sternfeld como referência para produção na contemporaneidade. As fotografias de Sternfeld apresentam partes importantes de sua busca no registro da paisagem da socialização humana, interação e imaginação.
Em muitas das representações de paisagens e lugares que podem ser comumente registrados, Sternfeld sinaliza uma postura conceitual longe de uma simples representação da natureza. Seu campo não é nem bonito, nem sublime, nem pitoresco. E o aspecto plano oferecido em muitas das suas composições reverberam um vazio eloquente, bem como uma embarcação para um tema recorrente em seus trabalhos - os efeitos do consumo humano sobre o mundo natural. Sendo um dos principais expoentes da fotografia a cores, Sternfeld começou a inserir neste modo “novo” na década de 70, a aplicação de inovação tecnológica de inovação poética e estilo. O norte-americano atenta para ideia de que a paisagem, a cor, o retrato não poderiam mais ser uma realidade objetiva como nas fotografias de anos anteriores, desse modo ele aproveita a nova possibilidade para jogar, editar e enfatizar o elemento humano.

No seu ato de fotografar insere-se o caráter de imagens comuns, como se tivessem sido tiradas por um turista de passagem, após uma análise mais cuidadosa é que se pode talvez entender o processo e intenção do fotógrafo, que estão pautados na vontade de refletir sobre sua própria banalidade da vida cotidiana e sobre a mudança de perspectiva em uma sociedade onde os indivíduos são cada vez mais banais, incoerentes, inconsistentes, mas, aparentemente, isso nem sempre é óbvio para alguma anormalidade subjacente, uma nota discordante. Um fator constante em sua obra é a sua terra natal América, os seus habitantes e os rastros deixados por pessoas na paisagem. Com um sentimento sutil de ironia e uma sensação excepcional de cor, Sternfeld nos oferece uma imagem da vida cotidiana na América ao longo das últimas três décadas.

quinta-feira, 6 de março de 2014

Texto no cabide: Equilíbrio


Ainda consigo me equilibrar com uma perna só. 

Ainda contigo a mim quis livrar como uma pena ao sol. 

Sem vento, nem tempo. 

Sem passo, nem arrastos que me levem para você ou para o alto.