Era como se fosse
tudo muito confuso. Como se fosse tudo feito pra não entender. Era verso
improvisado que não precisaria de sentido pra acontecer. Eu não precisava
entender, só queria sentir. Me deleitava no detalhe que não me dizia nada, ou
talvez me dizia tudo. Dizia e dizia, tudo. E ao mesmo tempo que dizia, me fazia
desistir e apagar da memória, querendo que eu criasse algo novo, ouvisse de
novo e abrisse os olhos de novo e de novo, com dores que eram próprias do olhar
puro.
prescrições poéticas/ bulícios, inquietações, problematizações incuráveis
ResponderExcluirnão há dosagem
posologia inválida
diagnóstico embaralhado :
mas a poesia está aí e ponto.