sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

Texto no cabide: Essa coisa de amor...

Não sei explicar, mas é de se estranhar. É como se eu tentasse fugir da realidade e me submetesse ao sonho, um sonho que também me persegue no desejo de te querer bem, comigo e por perto. Talvez seja um erro, ou um acerto, mas não dá pra negar que existe algo aqui que é mais forte que a razão de viver sobre o controle do não amar. Me vejo despido, cheio de uma sensibilidade que só se tem quando se ama. Nunca amei antes, talvez nunca amaria... mas é tão difícil dizer que o que sinto por você não é amor. Outros tantos versos que escrevi já não fazem mais sentido quando olho pro hoje, pra incerteza entre o te ter e o não ter, pra o coração aflorado de angústias repentinas por não poder te abraçar.
O engraçado é que levo a sério cada proposta que lancei disfarçada por brincadeiras envergonhadas. Levo a sério cada pergunta que te faço com segundas intenções, mas não se sinta amedrontado com essas palavras ingênuas de quem te quer pra sempre, não precisa se preocupar, jamais queria que você estivesse infeliz ao meu lado. Quero que você voe por aí, fazendo o que quer, o que precisa pra ser a própria felicidade, pois tenho a certeza de que a tua felicidade também será a minha, mesmo que eu tenha que lançar mão do estar ao teu lado.  Faz algumas semanas que teu abraço virou rotina nos meus sonhos. Sonhei que você me falava coisas como se fosse uma pessoa experiente, mas via no seu olhar um brilho novo de adolescente capaz de concordar com ideias bobas.
Lembra da última conversa que tivemos? Fui verdadeiro em cada silêncio, em cada sorriso e movimentos de nervoso. Fui sincero na música desafinada que cantei pra você, nas palavras erradas que culpei o teclado do computador. Ah, se você pudesse sentir de verdade o que acontece por aqui, nessa cabeça, nesse coração, nesse corpo, entenderia muito mais sem ironizar ou desconversar. Já te disse algumas vezes isso, e sei que ainda te custa acreditar, “Eu te amo”, e não pense que é fácil dizer isso. É como a dor do primeiro olhar.

3 comentários:

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  2. Que coisa linda, você escreve falando dos sentimentos com uma profundidade... são palavras que me fazem ter certezas de que devemos lutar pelo que sonhamos.

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  3. Nos cabides cabem todo tipo de peça;
    as vezes o amor ameaça tomar todo o espaço, as vezes pomos mais peças para disfarçar o amor que há...
    Mas enfim, 'basicamente isso', bela poesia prosaica :)

    E vamos lá, escrevamos mais e mais!

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